rubens fernandes júnior

Fonte : http://www.imafotogaleria.com.br/noticias

Eu [Rubens Fernandes Júnior] comecei querendo ser fotógrafo. Comprei minha primeira Pentax ainda no tempo de estudante e fotografava peças de teatro, shows como o Drama, da Bethânia, mas também tinha outros interesses e a fotografia ficou um pouco amortecida em termos da minha produção. Até que eu fui dar aula de fotografia na Universidade de Guarulhos, com o João Musa. Em 1979, o Fábio Magalhães assumiu a Pinacoteca do Estado e me convidou para cuidar de um espaço dedicado à fotografia. Foi então que eu criei e coordenei o Gabinete Fotográfico, um espaço onde tive oportunidade de lançar uma geração de fotógrafos que ainda não havia encontrado espaço para mostrar seu trabalho publicamente, entre eles Antônio Sagese, Gal Oppido, Emídio Luise, Cristiano Mascaro, Clóvis Loureiro. Conseguimos exibir quase uma exposição a cada 40 dias. Foi ali que eu descobri essa possibilidade de organizar mostras: chamar o fotógrafo, escolher as imagens junto com ele e montar uma exposição com um certo critério. Embora eu fizesse curadoria, na época não se usava esse termo. Hoje todo mundo se arvora como curador. Eu acho que é preciso muito trabalho, muito estudo e muita ciência para ser curador. Paralelamente ao trabalho no Gabinete Fotográfico, passei a escrever sobre fotografia na Folha de S. Paulo, na revista Íris Foto e no Guia das Artes. Surgiram convites para dar palestras, participar de oficinas de história da fotografia, quase sempre com um enfoque mais acadêmico.